Vamos falar agora da parte chata de nossa viagem, nosso cartão Travel Money do Banco do Brasil foi clonado no meio de nossa viagem e utilizaram todo os dólares que ainda tínhamos no cartão.
Para quem não conhece o travel money é um tipo de cartão pré-pago que você pode carrega-lo com moeda estrangeira (dólar ou euro). Esse cartão é disponibilizado por alguns bancos, entre eles o Banco do Brasil. A vantagem do cartão seria a segurança de não ter que andar com muito dinheiro vivo em suas viagens, além disso quando fizemos nossa carga do cartão ainda não era cobrado o imposto IOF nessa transação, mas recentemente o governo resolveu cobrar o IOF também para esse tipo de cartão. O cartão é da bandeira VISA e por isso é aceito em quase todos os estabelecimentos mundialmente, o que facilita bastante o uso.
Resolvemos fazer o cartão Travel Money por recomendação de familiares que já tinham usado sem problema nenhum e pela própria segurança de não precisar andar com muito dinheiro em espécie. Por já ser correntista do Banco do Brasil fizemos o cartão no próprio banco, basta ir a agência e solicitar o cartão. A cada carga é cobrado uma taxa de R$50. Estimamos quanto iríamos gastar em nossa viagem e colocamos a maior parte no Travel Money, deixando apenas $600 dólares para levar em espécie.
São fornecidos 2 cartões para o titular e mais 2 para o dependente e cadastrada uma senha para os cartões. Os cartões são do modelo antigo, que ainda não tem chip, o que pode ser o grande problema de segurança desses cartões.
Em Cancún utilizamos os cartões sem problemas. São aceitos em todos os estabelecimentos que aceitam a bandeira VISA e utilizamos também para sacar pesos mexicanos, que são convertidos automaticamente no momento do saque.
O problema aconteceu na segunda parte de nossa viagem, já nos EUA. Lá percebemos que em alguns lugares sequer é solicitado que se coloque a senha ou a sua assinatura, simplesmente entregamos o cartão que é passado na leitora e pronto, está efetuado o pagamento. Assim aconteceu no estacionamento da Disney. Em outros locais é solicitada apenas uma assinatura digital em um aparelho, que nunca conseguimos assinar igual à nossa assinatura original. É realmente muito prático mas desconfiamos da segurança desse processo.
Após utilizar o cartão por alguns dias em vários estabelecimentos, como supermercados, shoppings, restaurantes e ATMs, aconteceu o que temíamos. O cartão Travel Money do Banco do Brasil foi clonado e todo nosso saldo restante foi zerado. O pior foi que só descobrimos apos tentar pagar compras em uma loja do shopping, depois de tentar passar várias vezes o cartão (tínhamos certeza que ainda tinha saldo) e aguentar a cara de desprezo da caixa da loja achando que estávamos tentando dar uma de esperto.
Após o constrangimento na loja, corremos para um ATM para consultar o saldo do cartão e para nossa surpresa o saldo estava quase zerado. Desesperados, ligamos para o atendimento do Banco do Brasil para saber o que tinha acontecido. A atendente relatou compras em várias lojas de departamento com preços altos. Ao informar que não reconhecíamos aquelas compras, a atendente disse que o procedimento era bloquear o cartão e que eu mandasse um e-mail com as compras não reconhecidas que seriam analisadas em 7 dias. Ora, em 7 dias nem estaríamos mais nos EUA e estornar os valores para o cartão depois desse prazo não nos serviria mais. Argumentei com ela mas sabe como é, o procedimento é aquele e pronto!
Obviamente esse procedimento que o Banco do Brasil adota prejudica o cliente. Esperava que as compras não reconhecidas fossem estornadas imediatamente para que eu pudesse continuar utilizando o cartão. Não poderia esperar que uma investigação fosse concluída pois a viagem já teria terminado. Que a investigação fosse feita e depois resolvido com o cliente! Assim não prejudicaria nossa viagem...
Resolvemos esquecer o problema do Travel Money e deixar para resolver quando voltássemos ao Brasil. Por sorte, tínhamos dinheiro em conta já que tínhamos recebido os presente do casamento em cotas de lua-de-mel e passamos a utilizar o cartão da conta nas funções débito e crédito, que já tínhamos liberado para uso internacional. Com esse cartão que possui chip não tivemos problemas e o utilizamos até o fim da viagem.
Voltando ao Brasil ainda tivemos muitas chateações com o Banco do Brasil. Tivemos que ligar para o atendimento, fazer reclamação, falar com o gerente da minha agência, mandar o mesmo email pelo menos umas 3 vezes para destinatários diferentes por solicitações do banco. Uma verdadeira desorganização!
Por fim, após mais de 2 meses estornaram apenas as compras para o cartão sem a correção monetária do valor. Que ótimo, agora temos vários dólares no cartão para usar aqui no Brasil! Ou seja, estamos com dinheiro parado no cartão e só temos duas opções, guardar para uma possível viagem futura e se submeter aos mesmos riscos do cartão TravelMoney; ou vender os dólares para o Banco do Brasil a uma cotação arbitrária escolhida pelo próprio banco.
Conclusão, por todos os motivos relatados, NÃO RECOMENDAMOS A UTILIZAÇÃO DO CARTÃO TRAVELMONEY DO BANCO DO BRASIL EM VIAGENS INTERNACIONAIS.
Olá aconteceu o mesmo comigo hoje :(
ResponderExcluirMandei esse email pró banco como você falou ... Eles pedem mais alguma coisa ?
Olá Samuel,
Excluirnão pediram mais nenhum documento pra gente não... Só que demoraram mais de 2 meses para fazer o estorno! :(